O sábado na Superliga foi para o Vôlei Futuro voltar à briga na semifinal do torneio feminino e para o Sada/Cruzeiro chegar à semifinal, depois de uma despedida e tanto do BMG/São Bernardo do torneio nacional. Veja como foram os jogos…
Já era esperado que o Unilever não tivesse de novo uma partida fácil como foi o primeiro jogo da série. E, neste sábado, o Vôlei Futuro também foi para quadra, não deixando as cariocas jogarem sozinhas. O time de Araçatuba foi agressivo, cresceu no jogo e empatou a semifinal usando melhor o saque e os ataques pelas pontas.

Ana Cristina foi eleita a melhor em quadra na vitória do Vôlei Futuro
Durante toda a Superliga, o Unilever sofreu com passe. Com a ajuda da levantadora Fernanda Venturini, que conseguiu arrumar diversas bolas “quebradas” e encaixou muito bem o jogo com as centrais Juciely e Valeskinha, as cariocas dominaram boa parte do torneio nacional. Mas neste sábado, voltou a sofrer no fundo de quadra. A recepção do Unilever não funcionou. Até no saque de Paula Pequeno, que é um serviço tático do chão, elas erraram.
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Já o Vôlei Futuro melhorou no ataque ao longo do jogo. Fernanda Garay, Paula e companhia aos poucos soltaram o braço. E o jogo teve lindas defesas, de ambos os lados. Ninguém se intimidou em ficar na frente da bola! Mas as visitantes aproveitaram mais, mostraram mais tranquilidade e levaram o jogo para o tie-break. No set decisivo, só elas jogaram. Parecia o troco para a partida ruim na abertura da série. Agora fica tudo igual e o Sollys/Nestlé terá que esperar mais um pouco para conhecer o seu rival. Depois do equilíbrio de hoje, o Vôlei Futuro voltou a ter chances de acabar com o domínio Osasco x Rio nas finais…
Fazendo o básico e usando quem está virando, Sada/Cruzeiro vai à semi
No masculino, quase uma surpresa em mais um jogo bastante equilibrado. O BMG/São Bernardo chegou aos playoffs sem nenhuma pressão. Foi o oitavo colocado, teve uma campanha de altos e baixos e jogou mal na primeira partida da série de quartas de final, sendo facilmente derrotado pelo Sada/Cruzeiro. Já os mineiros eram os favoritos por serem os líderes da primeira fase e por terem mantido praticamente o time que foi vice-campeão no ano passado. Mesmo com as diferenças, a série acabou também bastante equilibrada.

Sada/Cruzeiro conseguiu a vaga na semifinal diante da sua torcida
A vitória no segundo jogo por 3 a 1 dão ânimos aos jovens paulistas e eles não se intimidaram em Contagem neste sábado. Saíram atrás no placar, perdendo o primeiro set, mas buscaram a virada. Depois, foi o Sada/Cruzeiro quem definiu mais e levou a partida para o tie-break (placar comum nesses playoffs da Superliga, não?). No set decisivo, os donos da casa venceram fazendo o básico, ou seja, dando bola para quem estava virando. Com ataques de Wallace e ajuda de bloqueio de Acácio e saque de Filipe, vitória aos mineiros e a vaga na semifinal. O São Bernardo não surpreendeu por pouco, mas fez bonito na série.
E continuo gostando das atuações de William, como acho que já comentei por aqui. O levantador sabe dar velocidade à bola, fazer lindas invertidas de rede, mas não esquece que, muitas vezes, vale fazer o mais simples. Wallace é um oposto que vem melhorando e muito porque, além de jogar na pancada, está aprendendo a usar o jeito também. E ele não se intimida e, diversas vezes, é o maior pontuador. Neste sábado não foi diferente. Ele marcou mais de 30 pontos no jogo. William, vendo isso, acionou o seu oposto. Méritos para o levantador, que tem que saber a hora de inventar, mas também tem que colocar a bola para quem está decidindo. E para o atacante, que amadurece diante de todos.
E se tivemos tie-breaks até agora, acho que a semifinal deve manter o mesmo ritmo. De um lado, RJX e Vôlei Futuro em uma série entre um time novato que finalmente ganhou identidade e outro que apostou em “não-selecionáveis” e se deu bem. Já o Sada/Cruzeiro terá um confronto regional com Vivo/Minas. Pelo visto, teremos mais saques forçados e pancadas nos ataque com os opostos. As duas séries têm grandes chances e durarem até o terceiro jogo…