De volta ao topo no Grand Prix
O Brasil faturou o Grand Prix neste final de semana! Depois de bater na trave e parar nos Estados Unidos nas finais nos últimos três anos, a seleção feminina teve apresentações de gala, venceu todos os jogos por 3 a 0 na etapa decisiva e voltou a levantar a taça de campeã! E pela nona vez!
O ouro veio com a vitória para cima da China. Faturar dois sets já era garantia de título, mas a seleção não perdeu o foco e marcou mais um 3 a 0. Sinais de uma equipe que se renova, mas que já mostra maturidade em quadra.
José Roberto Guimarães começou, nesta temporada, a mexer na seleção. Depois do segundo ouro olímpico era a hora de ver quem seguiria no time e quem poderia ter chance para 2016. Por exemplo, as gêmeas Monique e Michelle, a central Juciely e a ponteira Gabi foram convocadas pelo técnico. Ele também manteve experientes como Thaísa, Sheilla, Fabiana ou Dani Lins. E até agora, a mistura deu certo.
Quem chegou, mostrou potencial. Mesmo um pouco mais baixa, Juciely teve jogos importantes no bloqueio ao longo da temporada. Monique se viu como oposta titular e Gabi, de 19 anos, foi uma opção e tanto para o ataque na fase final do Grand Prix. E com a volta das veteranas, a seleção ficou mais equilibrada.
Concordo com o trabalho da temporada, ainda depois de ter vencido tudo o que disputou até aqui. Foi válido ter dado uma folga a quem vinha de Olimpíadas e outros torneios como Sheilla, Thaísa e companhia. Com isso quem estava chegando pode ser testada e perder o medo e a ansiedade da estreia. Na hora da verdade, no Grand Prix, elas já tinham um pouco de bagagem. E quem voltava ao time, mesmo dizendo estar um pouco fora de ritmo, entrou bem. Ali, na final contra a China, brilhou Sheilla, maior pontuadora. E Thaísa foi eleita a melhor do torneio pela atuação nas finais.
E o Brasil mostrou que estudar vale demais. Esse foi um dos segredos para cinco jogos com 3 a 0 no placar na etapa decisiva do Grand Prix. E quando digo que a equipe ficou mais equilibrada com a mescla de jogadoras, isso pode ser visto também nos placares. Mesmo quando estava atrás, o Brasil conseguiu virar. E para isso, era Sheilla virando bola de um lado e Gabi do outro, por exemplo. Nada de abaixar a cabeça e deixar o rival crescer ou aquela fama de amarelar da seleção. A renovada e experiente seleção começou bem!